segunda-feira, 21 de agosto de 2017

O terror do City ataca novamente.

Ao fim da última temporada, o casamento de 13 anos entre Wayne Rooney e o Manchester United chegou ao fim. Com um currículo invejável carregado de muitos títulos - 5x Premier League, 1x Copa da Inglaterra, 4x Copa da Liga, 1x Liga dos Campeões, 1x Mundial Interclubes - e, de quebra, tendo batido o recorde da lenda Bobby Charlton como maior artilheiro do clube na história com 250 gols, Rooney deu adeus de forma melancólica. 

Pouco vitorioso, o rapaz...

De capitão e titular no início da temporada, Rooney teve aos poucos seu papel diminuído na equipe pelo treinador José Mourinho. Não que a culpa fosse do português. Na verdade, a queda no nível técnico e físico (que já vinha dando claras mostras desde pelo menos duas temporadas atrás), o esquema adotado por Mou e a estelar temporada de Zlatan Ibrahimovic relegaram as contribuições do inglês a participações em partidas menos importantes e a entradas nos minutos finais dos jogos da Premier League(quando tanto). Mesmo assim, teve sua atitude e importância para o time frequentemente ressaltadas pelo treinador, que, evitando polêmicas em sua primeira temporada no comando da equipe, deixou Rooney a vontade para decidir seu futuro. 

Após o gol da quebra do recorde em janeiro, contra o West Ham, parecia claro que Rooney iria embora. O tão esperado gol havia saído e a sensação de dever cumprido era evidente. Mesmo assim, há de se ressaltar, em nenhum momento o então capitão de faz de conta reclamou ou fez birra. Na final da Europa League, com o resultado por 2x0 contra o Ajax garantindo o título, foi colocado em campo aos 44' do segundo tempo, de forma a ser aplaudido e levantar a taça. Missão cumprida.
Rooney e sua última taça com o United

Novo desafio, novos ares, mas nem tão novos. Rooney acertou a volta ao clube que o revelou, o Everton FC. Boas vindas calorosas por parte do clube e da torcida(esquecendo ambas as partes os inúmeros insultos e abusos trocados nos jogos em Goodison Park quando Rooney vestia vermelho ao longo dos anos), muitas fotos, declarações de amor e fidelidade e muitas, muitas dúvidas sobre a real capacidade do atacante em ainda fazer a diferença na liga mais difícil do mundo. Questões sobre o condicionamento físico do atleta, além da técnica decadente pairavam como nuvens no céu de Liverpool. 

Rooney apresentado: sorrisinho amarelo de quem esqueceu os insultos sofridos

Que venha a pré-temporada. Dia 13/07, amistoso contra o Gor Mahia, do Quênia: golaço de fora da área. "Ah, mas é só pré-temporada", eles disseram. Ok. 12/08, estréia na Premier League contra o Stoke City. 1x0 e o gol da vitória marcado por ele. 21/08, Etihad Stadium, jogo contra o estrelado City de Pep Guardiola: 1x1, mais um gol do inglês e os citizens penando pra arrancar um empatezinho.

Lógico que é começo de campeonato. Lógico que ainda há muita água pra rolar. Entretanto, o desempenho de Rooney até agora é pra deixar em polvorosa a torcida dos Toffees. Um time compacto e bem montado pelo holandês Ronald Koeman que, se souber superar suas limitações e contar com um bom ajuste da contratação recorde da história do clube - Gylfi Sigurdsson - tem tudo pra brigar na parte de cima da tabela. 

Seja pela mudança de ambiente, seja pela vontade de mostrar aos seus críticos que eles estão errados, seja pela ambição de jogar a Copa do Mundo da Rússia em 2018, Rooney tem dado mostras de que sim, ainda pode jogar em alto nível. E, como não podia deixar de ser, após mais um gol em um de seus adversários preferidos - o City sofreu também de Rooney seus gols de número 50 e 150 na EPL. Agora o 200 também - o atacante mandou aquele velho tuíte provocador: "Sempre bom ver rostos familiares."

"Sempre bom ver rostos familiares" 

Seguimos te acompanhando, Wazza...Once a blue, always a red.




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