Deixo bem claro que sou suspeito
para falar do tema, como apaixonado pelo futebol que sou apesar dos seus
pesares, afirmo categoricamente que o futebol jogado e administrado no nosso
país muitas vezes é um límpido espelho da nossa sociedade. Tentarei
exemplificar e fazer um paralelo, com o intuito comprovar que por várias vezes
que o interesse pelo próprio umbigo está acima do interesse maior, e quisera eu
que isso fosse o inverso em algumas ocasiões e outras esferas do nosso país
(quanta utopia).
Você que acompanha avidamente essa
reta final de Brasileirão, onde Flamengo e Palmeiras disputam o título palmo a
palmo, acompanhados de perto por Atlético Mineiro e Santos ou até mesmo quem só
vê e ouve por cima, deve ter reparado no noticiário ultimamente a polêmica
instaurada em torno da peleja da última quinta no magnífico clássico carioca
Fla – Flu. Um gol marcado pelo Flu gerou uma paralisação de quase 15 minutos,
enquanto o trio de arbitragem discutia se anulava ou não o tento, tudo
acompanhado por policiais, comissões técnicas, repórteres e gente que não
deveria estar ali. Muita conversa e reclamações depois o gol foi anulado para a
ira dos tricolores, apesar do impedimento ter havido de fato, o que está
causando todo o imbróglio que foi parar no STJD, e alvo de reclamação do
próprio presidente do famigerado tribunal, é uma suposta interferência externa
ao trio de arbitragem.
Naquele
mesmo dia, Palmeiras e Cruzeiro empataram sem gols e com a vitória rubro negra
a distância se encurtou mais ainda. A polêmica no Rio fez com que os ânimos dos
dirigentes se exaltassem e rapidamente farpas começaram a ser trocadas, via tv
e mídias sociais, repletas de ironia as críticas faziam ameaças veladas e
levantaram suspeitas quanto à idoneidade do campeonato. E para esquentar ainda
mais a cabeça de torcedores e dirigentes, no jogo do último domingo entre
Palmeiras e Figueirense, mais reclamações de parte a parte sobre pênaltis
polêmicos, tendo os alviverdes vencido o jogo, e o jogo se torna alvo do STJD novamente através do Figueirense. Os presidentes de ambas as
instituições são conhecidos pelo bom trabalho que vem fazendo nos seus clubes,
de maneira até exagerada por alguns setores da mídia são taxados como o
supra-sumo da administração moderna e isenta de erros. Mas aí amigo, ante tudo
o que eles falam ou deixam de falar frente às câmeras, existe algo que é igual
no Palmeiras, no Flamengo, e com todo o respeito, no Íbis: a paixão; e tomados
por este nobre sentimento, eles fizeram igual ao torcedor mais simples:
defenderam com unhas e dentes apenas o lado que os interessa.
Presidentes agem como torcedores e incendeiam o campeonato
Denis Mourão - Administrador, corredor e Vascaíno sim senhor /+/